quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Hachuras em movimento | 2010 | fotografias

Um gesto insignificante como pintar as marcas de sombras na cidade; uma maneira de conectar uma forma corriqueira a algo maior: a posição do planeta perante o Sol. Trata-se de usar o movimento de rotação da Terra a seu favor. Ao mesmo tempo em que as marcas são pintadas, a Terra se move, criando novos desenhos.



As sombras criam desenhos no chão, reconfigurando a superfície da cidade. Diluídas numa multiplicidade de imagens, essas projeções fazem um movimento lento e contínuo, que
define deformações e a criação de novos desenhos. Linha curva da Terra é uma ação que procura registrar, ao longo do Viaduto, o momento exato da marca da sombra, em outras palavras, nossa posição perante o Sol. Na medida em que a Terra gira, a sombra modifica-se, inclinando. Passamos a ter, sobre o chão de cimento, dois desenhos: o registro em nanquim de minutos atrás e a atual projeção da sombra. São hachuras que se modificam ao longo do dia. Uma impressão em movimento.

Shadows create designs on the floor. Along the day, they reconfigure the images of the city's surface. Side by side with a multitude of images, sounds and happenings, these shadows's projections make a slow and continuous movement that defines the emergence of new designs. This work is a gesture in pursuit of registering the right moment of the shadow's mark. In other words, it is the object's position to the Sun. Whereas the Earth revolves, shadows change, lean. So, on the city's floor it will be 2 draws: the register in Indian ink of minutes ago and the actual projection of the shadow. It is a drawing of hatches in movement.















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